28 de agosto de 2010

O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder

Comecei a ler novamente "O Mundo de Sofia" de Jostein Gaarder. Já o li à uns anos atrás mas apeteceu-me voltar a lê-lo.

Deixo uma passagem sobre a efemeridade da vida...

Sofia parou no caminho de saibro, cismando. Procurou concentrar-se no facto de existir, procurando assim esquecer que não existiria sempre. Mas isso era de todo impossível. Quando se concentrava no pensamento da sua existência, emergia imediatamente a ideia do fim da vida. O contrário era igualmente verdadeiro: só quando se apercebia que um dia teria desaparecido, compreendia claramente que a vida era infinitamente valiosa. Era como as duas faces da mesma moeda, uma moeda que ela virava constantemente. E quanto maior e mais clara era uma face da moeda, maior e mais clara se tornava também a outra. A vida e a morte eram duas faces do mesmo problema. 

Não podemos imaginar que vivemos sem pensar que temos de morrer, dizia para consigo. Do mesmo modo, é impossível reflectir sobre o facto que temos de morrer sem sentirmos simultaneamente que viver é algo maravilhoso.

Sofia lembrou-se que a avó, no dia que soubera da sua doença, dissera algo semelhante. - Só agora tomo consciência de como a vida é rica - dissera ela.
Não era triste que a maior parte das pessoas tivesse que ficar doente para reconhecer que a vida era bela? Talvez tivesse bastado receber uma carta misteriosa!

Porque nunca é demais lembrarmo-nos que vale a pena viver e que só temos esta vida para o fazer =)

1 comentário:

  1. Só posso concordar com essa frase. Infelizmente só sabemos dar valor as coisas quando as perdemos, ou quando estão longe. Mas temos que apreciar a vida todos os dias, pois ela é efémera!

    ResponderEliminar